OBRAS
ADJACY GOMES
Natal (RN), 1967 l Vive e trabalha na cidade do Recife (PE), Brasil.
Adjacy tem formação em Turismo e em Direito, ambos pela Universidade Federal de Pernambuco, além de pós-graduação em História das Artes. Iniciou no mundo das Artes após um curso de Desenho Artístico e Publicitário, no SENAC, em Recife, no ano de 1992. No qual utilizou a técnica da tinta nanquim em papel, com a temática da Arquitetura Colonial em Pernambuco. Posteriormente, no mesmo local, no ano de 1998, fez um curso de Iniciação à Pintura em Tela.
Observação da natureza e do cotidiano urbano, visitas à exposições e leitura de livros de Artes são os seus principais professores, além da prática artística no atelier e ao ar livre. Entre os anos de 2002 e 2006, costumava pintar na praia de Serrambi-PE, onde chegou a montar atelier. Destacam-se as exposições coletivas, individuais e virtuais feitas no decorrer dos 22 anos de carreira; a participação no Anuário Pernambucano de Artes da Galeria Arte Maior; e ser representado pelas Galerias: Yellow Frog Art Gallery de Salvador-BA; Um Lugar ao Sol, de Curitiba-PR, Glen Arte de São Paulo-SP e Coletiva 9 de Porto Alegre-RS
ENTREVISTA
Como você entrou para o mundo das Artes?
Me situo no mundo das artes, desde a época em que desenhava bastante na tradicional Escola Parque de Brasília-DF, na 308 Sul. Fui aperfeiçoando na adolescência com técnicas de desenho ensinadas por meu pai. Formalmente, fiz cursos no Senac de Desenho Artístico e Pintura em Tela, no Recife.PE na década de 90.
O que você entende como Artes Plásticas?
Artes Plásticas,para mim, é toda plataforma em que o ser humano, através de sua técnica e sensibilidade, possa expressar os pensamentos, sentimentos e anseios.
Como você define sua Arte?
Defino como uma viagem lúdica num mundo imaginário onde predomina a busca pelo hedonismo.
Quais são suas maiores referências no mundo das Artes?
No Brasil, dentre tantos, destaco: Di Cavalcanti, Aldemir Martins, Rebolo, Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro, Reynaldo Fonseca e Carybé. Já no exterior, para citar alguns: Edward Hopper, Van Gogh, Matisse, Botero, August Mack, Tamara lempicka , Ticiano e Caravaggio.
Quais são os principais temas utilizados em suas obras? E por quê?
Os principais temas utilizados em minhas obras são ciclismo, por ser uma atividade que envolve prazer e saúde. Carros clássicos, pela beleza estética e valorização da cultura vintage. Encontros pessoais, o que ressalta a amizade, o amor, a diversão e a confraternização entre conhecidos ou não. Flores, pelo movimento, cores e mensagem envolvidas. E o artista no atelier, onde posso imaginar diversos artistas em seus respectivos locais de trabalho e técnicas.
Quais são as principais técnicas utilizadas em seu trabalho? E quais delas você mais gosta de utilizar?
Utilizo o nanquim em desenhos. Na pintura em tela, inicialmente, usei tinta a óleo. Atualmente utilizo a tinta acrílica, que é a minha preferida.
O que você busca passar através de suas obras para o espectador?
Minha intenção é a de provocar no espectador a busca e/ou a identificação com momentos na vida em que é possível passar por situações agradáveis. Seja vivenciando o tema ou apenas ter a sensação de bem-estar ao observar a obra produzida.
Quais as melhores e maiores experiências em sua carreira artística?
Nestes 22 anos de carreira artística, destaco as participações em exposições coletivas, individuais e virtuais. A participação no Anuário Pernambucano de Artes da Galeria Arte Maior e ser representado pelas Galerias: Yellow Frog Art Gallery, de Salvador (BA); Um Lugar ao Sol, de Curitiba (PR), Glen Arte de São Paulo (SP) e Coletiva 9 de Porto Alegre (RS) . Houve um momento marcante em minha vida ao iniciar na pintura em tela, em 1998, eu trabalhava como Servidor Público federal, concursado na SUDENE, em Recife, e a vontade de pintar, a paixão pela pintura era tão grande que pedi exoneração. Posteriormente, fui com minha esposa, em 2001, morar numa vila litorânea de Pernambuco, Serrambi. Lá montei ateliê de pintura, onde permaneci até 2006, e onde pintei muitos quadros com o tema de praia e pequenos quadros com composição de frutas, mas não pude viver inteiramente da Arte; por isso retornei, novamente ao Serviço Público, via concurso,em 2008 e hoje sou servidor do INCRA, em Recife.
Em sua obra existe um cunho de protesto além do que se é obviamente visto? Se sim, qual? Se não, há algum tema que desperte a sua vontade de protestar?
A minha mensagem está implícita na obra no sentido de ir contra o que oprime e entristece o ser humano, pois ao retratar momentos idílicos e prazerosos, eu estou protestando contra a opressão do homem pelo homem, contra um cotidiano angustiante e contra a destruição da natureza.
Você tem interesse em fazer uma exposição itinerante? Se sim, como você imagina essa exposição? Saberia dizer qual tema gostaria de abordar?
Sim, tenho interesse. A imagino com quadros grandes em paredes brancas e com espaçamento adequado entre os quadros. Um tema que gostaria de abordar é a cultura vintage .
Aonde você almeja chegar como Artista Plástico?
Gostaria de ver meu trabalho ser reconhecido e minha arte servir de inspiração para atuais e futuros artistas. Despertar vocações e estimular um debate existencial. Poder viver exclusivamente de e para a minha Arte. Participar do circuito Art Fair pelos principais centros de Arte no Brasil e no mundo.